Reencarnação Parte 9

Séculos XIX a XX
O psicólogo e filósofo americano William James (1842–1910) foi um dos primeiros pesquisadores psíquicos.
No século XIX, os filósofos Schopenhauer e Nietzsche puderam acessar as escrituras indianas para discutir a doutrina da reencarnação, que se recomendou aos transcendentalistas americanos Henry David Thoreau, Walt Whitman e Ralph Waldo Emerson e foi adaptada por Francis Bowen na Metempsicose Cristã. O espiritismo também contribuiu à difusão da crença, atribuindo-a aos ensinos dos espíritos (ver abaixo). Camille Flammarion, inspirado no espiritualismo e na noção de pluralidade de mundos e da paligenesia cósmica de Humphry Davy (que expôs sua visão de série de encarnações no seu livro de 1830 Os Últimos Dias de um Filósofo), também popularizou a ideia em seus romances de divulgação da astronomia, como o Lumen. No início do século XX, o interesse pela reencarnação havia sido introduzido na disciplina nascente da psicologia, em grande parte devido à influência de William James, que levantou aspectos da filosofia da mentereligião comparada, psicologia da experiência religiosa e a natureza do empirismo. James foi influente na fundação da Sociedade Americana de Pesquisa Psíquica (ASPR) na cidade de Nova York em 1885, três anos após a inauguração da Sociedade Britânica de Pesquisa Psíquica (SPR) em Londres, levando à investigação crítica sistemática de fenômenos paranormais. O famoso general da Segunda Guerra Mundial, George Patton, era um forte crente na reencarnação, acreditando, entre outras coisas, ser uma reencarnação do general cartaginês AníbalNesse momento, a conscientização popular da ideia de reencarnação foi impulsionada através da disseminação pela Sociedade Teosófica de conceitos indianos sistematizados e universalizados e também pela influência de sociedades mágicas como A Aurora Dourada. Personalidades notáveis como Annie BesantW. B. Yeats e Dion Fortune tornaram o assunto quase tão familiar um elemento da cultura popular do oeste quanto do leste. Em 1924, o assunto pôde ser satirizado em livros infantis populares. O humorista Don Marquis criou um gato fictício chamado Mehitabel, que alegava ser uma reencarnação da rainha Cleópatra. Théodore Flournoy foi um dos primeiros a estudar uma reivindicação de recordação de vidas passadas no curso de sua investigação da médium Hélène Smith, publicada em 1900, na qual definiu a possibilidade de criptomnésia nesses relatos. Carl Gustav Jung, como Flournoy, com sede na Suíça, também o imitou em sua tese, com base em um estudo de criptomnésia no psiquismo. Mais tarde, Jung enfatizaria a importância da persistência da memória e do ego no estudo psicológico da reencarnação: "Este conceito de renascimento implica necessariamente a continuidade da personalidade... (que) é possível, pelo menos potencialmente, lembrar que viveu através de existências anteriores, e que essas existências eram próprias..." A hipnose, usada na psicanálise para recuperar memórias esquecidas, acabou sendo tentada como um meio de estudar o fenômeno da regressão de vidas passadas.

Comentários

Postagens mais visitadas