Gênesis - Parte 9


Narrativa

A história da Arca de Noé, de acordo com os capítulos 6 a 9 do livro do Gênesis, começa com Deus observando o mau comportamento da Humanidade e decidindo inundar a terra e destruir toda vida. Porém, Deus encontrou um bom homem, Noé, "um virtuoso homem, inocente entre o povo de seu tempo", e decidiu que este iria preceder uma nova linhagem do homem. Deus disse a Noé para fazer uma arca e levar com ele a esposa e seus filhos SemCam e Jafé, e suas esposas. E, de todas as espécies de seres vivos existentes então, levar para a arca dois exemplares, macho e fêmea. A fim de fornecer seu sustento, disse para trazer e armazenar alimentos.
Noé, sua família e os animais entraram na arca e "no mesmo dia foram quebrados todos os fundamentos da grande profundidade e as janelas do céu foram abertas, e a chuva caiu sobre a terra por quarenta dias e quarenta noites". A inundação cobriu mesmo as mais altas montanhas por mais de seis metros (20 pés), e todas as criaturas morreram; apenas Noé e aqueles que com ele estavam sobre a arca ficaram vivos. A história do dilúvio é considerada por vários estudiosos modernos como a mistura de dois contos ligeiramente diferentes, entrelaçados, daí a aparente incerteza quanto à duração da inundação (quarenta ou cento e cinquenta dias) e o número de animais colocados a bordo da arca (dois de cada espécie, ou sete pares de alguns tipos). (Veja Análise documentária para maiores detalhes)
Eventualmente, a arca veio a descansar sobre o monte Ararate. As águas começaram a diminuir e os topos das montanhas emergiram. Noé enviou um corvo, que "voou de um lado a outro até que as águas recuaram a partir da terra". Em seguida, Noé enviou uma pomba, mas ela retornou à arca sem ter encontrado nenhum lugar para pousar. Depois de mais sete dias, Noé novamente enviou a pomba e ela voltou com uma folha de oliva no seu bico e então ele soube que as águas tinham abrandado.
Noé esperou mais sete dias e enviou a pomba mais uma vez, e desta vez ela não retornou. Em seguida, ele e sua família e todos os animais saíram da arca e Noé fez um sacrifício a Deus, e Deus resolveu que nunca mais lançaria maldição à terra por causa do homem, nem iria destruí-la novamente dessa maneira.
A fim de se lembrar dessa promessa, Deus colocou o Arco da Aliança nas nuvens, dizendo (Gênesis 9:12-17): "Sempre que houver nuvens sobre a terra e o arco aparecer nas nuvens, eu me lembrarei da eterna aliança entre Deus e todos os seres vivos de todas as espécies sobre a terra".
A narrativa do dilúvio no texto de Gênesis é significativamente semelhante aos mitos mesopotâmicos, especialmente à Epopeia de Gilgamesh e à de Atrahasis. Gilgamesh empreende uma jornada em busca da imortalidade e encontra um velho ancestral, Utnapshtim, que havia ganhado dos deuses a imortalidade após sobreviver em uma arca a um dilúvio. O herói babilônico carrega em sua arca animais, familiares e artesãos para fazerem reparos à arca. Assim como Noé, Utnapshtim envia pássaros para testar o fim do dilúvio. A arca de Noé repousa no monte Ararate, a de Utnapshtim igualmente termina sobre uma montanha com o fim das águas. Ao final do relato, tanto Noé como Utnapshtim oferecem sacrifícios.

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