Allan Kardec
Sua biografia em si é pouco conhecida “Aos 12 do vindemiário3 do ano XIII, auto do nascimento de Denizard Hippolyte-Léon Rivail, nascido ontem às 7 horas da noite, filho de Jean Baptiste – Antoine Rivail, magistrado, juiz, e Jeanne Duhamel, sua esposa, residentes em Lyon, rua Sala n° 76. Hippolyte Léon Denizard Rivail - influente educador, autor e tradutor francês. Nascido em Lyon uma das maiores cidades francesas, a 03 de outubro de 1804.Kardec faleceu no dia 31 de março de 1869, em Paris, aos 65 anos de idade, vítima de aneurisma cerebral. Com o pseudônimo de Allan Kardec destacou-se como codificador do Espiritismo, Doutrina Espirita. Rivail é conhecido por todo o mundo, notadamente no Brasil onde é tido como ícone histórico, um mestre da humanidade. De classe média desde tenra idade demonstrava grande aptidão ao conhecimento. Galgou em sua juventude o status intelectual, uma vez que aspirava por reconhecimento acadêmico. Ainda na juventude sua carreira perdeu-se por sua própria indecisão quanto ao melhor rumo a ser tomado. Quanto mais se aprofundava nos estudos, mais perdido ficava. Até que em dado momento, Rivail, tomou conhecimento fenômenos extraordinários que se tornaram moda entre os burgueses da época. O fenômeno das mesas girantes. Fenômeno controverso, que a época alegava-se serem de ordem espiritual e que fascinavam os jovens da época. Populares no século XIX, acreditava-se que as mesas serviam como meio de comunicação com supostos espíritos. Alfabetos também eram colocados sobre as mesas e elas se inclinavam para a carta adequada, soletrando palavras e frases. Depois de observar e analisar as mesas girantes, o professor Rivail ficou intrigado com o fato de que como poderia a mesa se mover se não havia músculos ou formular respostas se não um cérebro. E foi o próprio fenômeno que teria respondido: "Não é a mesa que pensa! Somos nós as almas dos homens que viveram na Terra". Então o professor Rivail foi estudar este e outros fenômenos como a chamada "incorporação" (o termo incorretamente dá a ideia de que o espírito entra em um corpo como a água que enche um copo - quando, na verdade, o fenômeno é psíquico) e outros "fenômenos mediúnicos" (causados por inteligências incorpóreas ou imateriais, os espíritos. e anímicos. Kardec definiu o espiritismo como "a doutrina fundada sobre a existência, as manifestações e o ensino dos espíritos". Segundo ele, o espiritismo aliaria ciência, filosofia e religião, buscando uma melhor compreensão não apenas do universo tangível (científico), mas também do universo a esse transcendente (religião). Numa das sessões que presenciava, Rivail ouviu de um médium que ele já fora um celta chamado Allan Kardec. E que, como Kardec, ele deveria reunir os muitos ensinamentos e conclusões dos últimos séculos numa doutrina que propagasse os ideais de Cristo e trouxesse alívio para os corações dos homens. Imbuído desse espírito Kardec começou a trabalhar na síntese que gerou o Espiritismo.O termo Spiritisme foi criado por Kardec em 1857 para definir o corpo de ideias reunidas em seu "O Livro dos Espíritos" e destacar as diferenças do espiritismo para o espiritualismo. Cuja principal estrela é seu fundador Denizard Hippolyte-Léon Rivail.Anos depois, mudou-se para Yverdun, na Suíça, onde estudou com Pestalozzi. Kardec formou-se em letras e ciências e doutorou-se em medicina. Em 25 de março de 1856, numa sessão, Kardec recebeu, através de uma médium, a informação de que dali por diante, um espírito denominado “A Verdade”, seria o seu guia espiritual. Em 18 de abril de 1857, publica O Livro dos Espíritos, uma obra contendo mais de mil (1.019) respostas às perguntas feitas aos espíritos. Outras obras foram publicadas depois: O Evangelho Segundo o Espiritismo, A Gênese, O Céu e o Inferno, O Livro dos Médiuns, O Que é o Espiritismo e Obras Póstumas. Atualmente, o trabalho iniciado por Kardec tem 13 milhões de seguidores no mundo. A maioria, 3,8 milhões, está no Brasil. Nossos espíritas têm os melhores indicadores -educacionais dentre os fiéis de todas as religiões praticadas no país – 31,5% deles têm nível superior completo, segundo o IBGE. Entre 2000 e 2010, eles saltaram de 1,3% da população para 2%. O sucesso nos cinemas é resultado da boa imagem da religião: em 2010, Chico Xavier, a biografia do médium mais famoso do século 20, alcançou 3,4 milhões de espectadores e Nosso Lar, no mesmo ano, chegou a 4 milhões. Apesar de ser uma religião completa e autônoma apenas no Brasil, o espiritismo tem se expandido e, segundo dados do ano 2005, conta com cerca de 15 milhões de adeptos espalhados entre diversos países, como Portugal, Espanha, França, Reino Unido, Bélgica, Estados Unidos, Japão, Alemanha, Argentina, Canadá, e, principalmente, Cuba, Jamaica e Brasil, sendo que este último tem a maior quantidade de adeptos no mundo. No entanto, vale frisar que é difícil estipular a quantidade existente de espíritas, pois as principais estipulações sobre isso são baseadas em censos demográficos em que se é perguntado qual a religião dos cidadãos, porém nem todos os espíritas interpretam o Espiritismo como religião. O termo "kardecista" é repudiado por parte dos adeptos da doutrina que reservam a palavra "espiritismo" apenas para a doutrina tal qual codificada por Kardec, afirmando não haver diferentes vertentes dentro do espiritismo, e denominam correntes diversas de "espiritualistas" Estes adeptos entendem que o espiritismo, como corpo doutrinário, é um só, o que tornaria redundante o uso do termo "espiritismo kardecista". Assim, ao seguirem os ensinamentos codificados por Allan Kardec nas obras básicas (ainda que com uma tolerância maior ou menor a conceitos que não são estritamente doutrinários, como a apometria), denominam-se simplesmente "espíritas", sem o complemento "kardecista". A própria obra desaprova o emprego de outras expressões como "kardecista", definindo que os ensinamentos codificados, em sua essência, não se ligam à figura única de um homem, como ocorre com o cristianismo ou o budismo, mas a uma coletividade de espíritos que eles acreditam que se manifestaram através de diversos médiuns naquele momento histórico, e que se esperava que continuassem a comunicar, fazendo com que aquele próprio corpo doutrinário se mantivesse em constante processo evolutivo. Outra parcela dos adeptos, no entanto, considera o uso do termo "kardecismo" apropriado.As expressões nasceram da necessidade de alguns em distinguir o "espiritismo" (como originalmente definido por Kardec) dos cultos afro-brasileiros, como a Umbanda. Estes últimos, discriminados e perseguidos em vários momentos da história recente do Brasil, passaram a se auto intitular espíritas (em determinado momento com o apoio da Federação Espírita Brasileira, num anseio por legitimar e consolidar este movimento religioso, devido à proximidade existente entre certos conceitos e práticas destas doutrinas. Seguidores mais ortodoxos de Kardec, entretanto, não gostaram de ver a sua prática associada aos cultos afro-brasileiros, surgindo assim o termo "espírita kardecista" para distingui-los dos que passaram a ser denominados como "espíritas umbandistas".
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