Wicca Parte II

 

Etimologia
O termo "Wicca" foi primeiramente aceito nas décadas de 1960 e 70 como parte da religião Wicca da época. Antes disso, o termo "Witchcraft" era utilizado de forma mais histórica e ampla. Apesar de baseada na palavra wiccian do inglês antigo, que se referia apenas e exclusivamente aos feiticeiros (sendo wicce utilizada para se referir às feiticeiras do sexo feminino), o indivíduo real que cunhou o termo "Wicca" é desconhecido, embora especula-se que tenha sido Charles Cardell, muito certamente na década de 1950. Gardner usava a palavra wiccian com o sentido de "jogar com a sorte". Nos dias de hoje, trata-se o praticante da religião através da sua linhagem tradicional. Assim, ao invés de dizer que alguém é Bruxo ou Wiccano ou Wiccaniano ou Wiccan, trata-se o praticante da religião como Gardneriano, Alexandrino, Georgino, etc. para que estas situações se resolvam por vez.

Demografia
Não se sabe oficialmente o número de wiccanos no mundo inteiro e constatou-se que é mais difícil estabelecer o número de membros de religiões neo-pagãs do que de qualquer outra religião devido à sua estrutura familiar ou clãns. O site independente Adherents.com, no entanto, que se dedica a informar demografias religiosas pelo mundo, cita mais de trinta fontes com as estimativas do número de wiccanos (principalmente nos EUA e no Reino Unido). A partir daí, eles desenvolveram uma estimativa média de 800 mil adeptos. Comparando o número de adeptos estado-unidenses na década de 1990 até 2001, houve um aumento de cerca de 126.000 membros. De maneira curiosa, 1.434 pilotos da Força Aérea dos Estados Unidos se identificam como wiccanos, tornando a Wicca a maior religião não-cristã dentro dessa comunidade. No Brasil, de acordo com o gráfico mostrado, até o ano de 2000, havia entre cerca de 10 000 e 50 000 wiccanos, embora não haja uma diversificação entre a Wicca e as outras tradições neopagãs; isso fez com que no Censo 2000 os wiccanos fossem incluídos nos grupos de "outras religiões" e "Religiosidade não Determinada". De qualquer forma, desde a década de 1990 a Wicca, ou a Bruxaria em geral, têm crescido muito no país, especialmente em BrasíliaRio de JaneiroSão Paulo e em algumas cidades do NordesteDe 2000 a 2010, a religião Wicca teve um crescimento elevado e, por mais que no Censo 2010 realizado pelo IBGE, a religião Wicca, o Paganismo e o Neo-paganismo não tivessem sido incluídos na relação das religiões existentes no país, pode-se dizer que muitos dos seguidores das religiões pagãs e neo-pagãs, como é o caso da religião Wicca, foram distribuídos entre as tradições esotéricas (74.013 seguidores), outras religiões (11.306 seguidores) ou religiosidade não determinada/mal definida (628.219 seguidores). Contudo, como já foi mencionado acima, existem vários segmentos dentro do paganismo e do neo-paganismo, mas sendo a Wicca a religião que mais tem crescido no Brasil dentre as demais religiões pagãs e neo-pagãs, principalmente por conta de sua constante presença nos diálogos inter-religiosos de nosso país, a coloca também como a de maior expressão, conseguinte, a de maior número junto às demais, pegando uma fatia de pelo menos 2/5 de praticantes diretos e indiretos. Desta forma, de acordo com alguns levantamentos, há uma estimado de que haja em torno de 250 mil à 300 mil seguidores da religião Wicca no Brasil. Isso não significa que sejam todos sacerdotes ou sacerdotisas, mas também seguidores da religião. Contudo, cabe lembrar mais uma vez que estes números são baseados em estimativa, uma vez que ainda não temos no Censo demográfico realizado pelo IBGE a opção Wicca, Paganismo ou Neo-paganismo.
No Reino Unido, da mesma forma, os censos não permitem uma separação dentro do contexto pagão, fazendo com que os wiccanos sejam marcados ao lado de outras tradições neo-pagãs como a dos druidas e dos heathens através de um acordo em comum realizado em 2001. Recentemente, pela primeira vez os entrevistados foram capazes de se inscrever numa afiliação não abrangidos pela lista comum das religiões, e um total de 42.262 pessoas da InglaterraEscócia e País de Gales se declararam pagãos por este método. Estes valores não foram imediatamente analisados pelo Instituto Nacional de Estatística, mas foram liberados após um pedido da Federação Pagã da Escócia.

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